Bem ou mal, desde que estamos por aqui, começámos a olhar para todas essas consultas com médicos privados de várias especialidades, que em Portugal nunca nem por um instante pensámos em dispensar, como o mais completo desperdício de tempo e de dinheiro.
Durante esta gravidez, a Ana fez metade dos exames (provavelmente em metade do tempo) e foi observada metade das vezes do que teria acontecido aí. Além disso, em muitas dessas ocasioes nem sequer foi vista por médicos: as parteiras fazem mais de metade do trabalho.
Já o Miguel está agora quase com quatro meses e, salvo erro, a última vez que viu um pediatra foi ainda no hospital, no dia a seguir a ter nascido. Nas primeiras semanas, vinha cá a casa uma enfermeira fazer um acompanhamento; mas era fundamentalmente beber chá e conversar com a mae... da última vez até se esqueceu de trazer a balança, o que nao as impediu de concluir que o bebé estava óptimo.
Claro que a experiencia acumulada com as crianças anteriores também ajuda. Sobretudo a Ana, que tem melhor memória e passa mais tempo com o bebé, parece ter a situaçao completamente controlada. Eu às vezes ainda tenho algumas dúvidas e hesitaçoes. Hoje, por exemplo, estive que tempos a ouvi-lo chorar. Tinha-me dado imenso jeito poder telefonar ao doutor Carlos Moniz, porque já nao me lembro a partir de que idade é que se pode atirá-los à parede.