quinta-feira, 31 de julho de 2008

Sábado

Depois de uma primeira semana verdadeiramente alucinante, nao havia nada que desejássemos mais do que passar um dia inteiro sossegados em casa, só a recuperar o folego.
Mas no sábado fomos acordados bem cedo, por um toque de campainha convicto. Quem poderia ser? A Ana e eu trocámos um olhar apreensivo, género imigrante clandestino encurralado. No intercomunicador nao se percebia nada. Vesti qualquer coisa à pressa e desci descalço as escadas do prédio (forradas a alcatifa, que é uma verdadeira obsessao nacional).
Era o carteiro, que trazia uma encomenda dos avós para as meninas, grande demais para a caixa de correio. Pediu desculpa de incomodar, reparou que éramos recém-chegados, deu-nos as boas vindas e desejou-nos bom fim de semana. Agradeci por tudo, num ingles ainda enferrujado e meio ensonado.
Depois virei as costas e devagar comecei a subir os degraus, chocalhando o pacote. O Royal Mail funciona ao sábado... e o carteiro sorri!

Sem comentários: