quinta-feira, 8 de abril de 2010

A malha

O que prova que fazemos parte de uma geraçao de transiçao é a malha.
Crescemos a ouvir falar na malha: era o jogo do pai no largo da aldeia, era o passatempo da mae no apartamento da cidade. Hoje em dia, ouvimos os nossos filhos já crescidos falar em malha, e queremos acreditar que se trata de música rock : as alternativas -sexo e droga- sao ainda piores.
Apraz-me daqui registar, no entanto, que talvez estejamos a assistir ao retorno das malhas tradicionais. A meu lado no comboio, ia hoje uma senhora com ar bem-posto que, em vez de passar o tempo a maquilhar-se, tricotava uma camisola. E a Sara tem cá uma amiguita, da sua idade, que anda a fazer um gorro para um bebé que vai nascer. Bonito, nao é? Além de ecologicamente responsável e economicamente sensato.
E por falar em economias locais de subsistencia, já vos contei que aqui o Council arrenda talhoes de terrenos municipais por valores mínimos, a quem pretenda cultivar a sua própria horta? Já pensei em candidatar-me. E, se o fizer, acho que até guardo lá um espaço para jogar à malha.

4 comentários:

arnage disse...

é sem dúvida a melhor altura para arranjar um espaço a um Km de casa...estou-te a ver ;)

rantanplan disse...

arnage... sempre na malha, impecável!!!

BU! disse...

eh eh eh (não há mais longe?!)

arnage disse...

Palhaço.