quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

BS

Por uma ou outra razao, eu ja tinha chocado várias vezes com os British Standards.
Sobretudo, claro, nas especificaçoes técnicas dos projectos de arquitectura, apenas mais uma das áreas em que os ingleses continuam a teimar que absolutamente nada, do que está óptimo para todos os outros países, se adequa bem a eles.
A regulamentaçao e a padronizaçao sao vistas como garantias de uma promoçao e defesa geral da qualidade, tornando-se exaustivas, no interesse de toda a sociedade. E eles sao mesmo absolutamente incapazes de se afastar dos seus canones: nem 1/64 de polegada, que seja! Claro que isso irrita. Mas irrita mais quando se está de fora; uma vez cá dentro, a coisa começa a fazer sentido.
Para a Ana e para mim, a viragem foi na cama. (Eu sei que muita gente torce o nariz quando estes assuntos aparecem no Capacete, mas desta vez nao é o que parece.) Aqui na casa que alugámos, havia apenas sommiers e colchoes, mas nada de roupa de cama. Tivemos portanto que ir à procura de lençois, fronhas e almofadas, edredons e respectivas capas. Nao acertámos à primeira; mas, logo que percebemos o esquema, passou tudo a bater certinho, independentemente das distintas proveniencias dos vários artigos.
Ao contrário, em Lisboa, o colchao ortopédico nunca encaixou bem no estrado da cama artesanal, os lençois que eram da avó sao curtos, o edredon IKEA é excessivamente largo, mas ainda assim continua a escorregar e aloja-se sempre no fundo da capa... De maneira que a Ana até já decidiu: «Quando voltarmos para Portugal, levamos toda esta roupa e mandamos lá fazer umas camas standard, à medida!».
Agora, mais recentemente, voltou a ser possível fazer umas compras. E o capacete, que tinha rasgado umas calças entre as pernas, ao sentar-se à chines para brincar com as meninas, foi contemplado com um novo par. Nas Amoreiras, seria um quebra-cabeças: umas ficam bem na perna mas mal no rabo, outras aceitáveis na cintura mas péssimas à frente, e por aí em diante, com pormenores que eu já nem alcanço. Aqui, foi de uma simplicidade extraordinária: o que me fica bem e eu gosto é o modelo Straight Cut, tamanho 32” waist, 32” lenght. Estas sao umas jeans da GAP, mas tenho a certeza que se fosse uma fazenda dos armazéns Primark também me estaria a matar. Já posso ir às compras sozinho.

3 comentários:

Anónimo disse...

Só para lembrar que ir às compras sozinho não implica só o domínio dos tamanhos. Nada de precipitações, ok? Arnage, atenção redobrada

Anónimo disse...

Tens razão Rantanplan, o Capacete está um bocado iludido. Agora assustou-me...

Anónimo disse...

Bu! disse...

Cá em lisboa tb nao é dificil... Arranja-se um modelo que fique relativamente bem e depois é so dizer "ó faz favor era todas as cores deste modelo" (tomando atenção, claro, para que o empregado não meta umas fuscia no molho, econdidinhas....). E pronto já tá calças para 5 anos e.... manter a linha, of course

K.I.S.