A nossa vinda para Inglaterra tem tudo a ver com carros. A ana veio faze-los. Eu vim desfaze-los.
Fora de brincadeira, esse era o meu maior medo. As meninas sempre se adaptam. As casas sempre se encontram. Os empregos sempre se arranjam. Mas eu tinha a certeza de que nunca na vida haveria de conseguir conduzir no UK.
Todos voces, os que sobreviveram a uma viajem comigo, estarao certamente lembrados de como sufocaram antes que eu me decidisse a abrir a janela ou gelaram antes que eu tivesse oportunidade de regular a chaufagem. Muitos recordarao a emoçao de nao ver a estrada porque eu demorei um pouco a acertar com a velocidade dos limpa-pára-brisas ou porque me esqueci de desembaciar o vidro. Alguns viram-me travar a fundo com uma mudança engatada, ou ir reduzindo a velocidade com um pé no travao e o outro na embraiagem. Outros assistiram a tentativas de arrancar em terceira, em ponto morto ou com o travao de mao em cima. E quantos de voces fizeram o favor de me ligar o rádio enquanto eu rodava o isqueiro, me baixaram a pala em dias de sol para que eu pudesse conduzir de olhos abertos, me deram ao de leve uma palmadinha na mao às 4500rpm?
Isto dito assim parece catastrófico. Mas teve as suas vantagens: de tanto andar comigo, a Ana já trazia imensa prática a conduzir do lado direito, e agora que até tem o volante à sua frente, adaptou-se lindamente.
Fora de brincadeira, esse era o meu maior medo. As meninas sempre se adaptam. As casas sempre se encontram. Os empregos sempre se arranjam. Mas eu tinha a certeza de que nunca na vida haveria de conseguir conduzir no UK.
Todos voces, os que sobreviveram a uma viajem comigo, estarao certamente lembrados de como sufocaram antes que eu me decidisse a abrir a janela ou gelaram antes que eu tivesse oportunidade de regular a chaufagem. Muitos recordarao a emoçao de nao ver a estrada porque eu demorei um pouco a acertar com a velocidade dos limpa-pára-brisas ou porque me esqueci de desembaciar o vidro. Alguns viram-me travar a fundo com uma mudança engatada, ou ir reduzindo a velocidade com um pé no travao e o outro na embraiagem. Outros assistiram a tentativas de arrancar em terceira, em ponto morto ou com o travao de mao em cima. E quantos de voces fizeram o favor de me ligar o rádio enquanto eu rodava o isqueiro, me baixaram a pala em dias de sol para que eu pudesse conduzir de olhos abertos, me deram ao de leve uma palmadinha na mao às 4500rpm?
Isto dito assim parece catastrófico. Mas teve as suas vantagens: de tanto andar comigo, a Ana já trazia imensa prática a conduzir do lado direito, e agora que até tem o volante à sua frente, adaptou-se lindamente.
5 comentários:
chorei a rir com este! he he! e tu? consegues andar 200m a conduzir o carro novo? já deste quantos nós nos braços a tentar chegar às mudanças com a mão direita?
:)
isto dos blogues resulta sempre melhor quando se começa a achincalhar alguém!
mas nao te posso responder sem antecipar demais os posts seguintes... reparaste que este é o primeiro de uma série?
bem...tas um verdadeiro bloguer!queria so dizer que mesmo que o pessoal nao te responda, nao quer dizer que nao tenha vindo ler o que escreveste! força ai bro! vou te instalar um contador de visitantes para ires controlando a cena! :) abraço e te ja!
joao
olá, amigo! como vai isso? imagino-te ocupado. tentei ver no blog da base o video da vossa apresentaçao de seis minutos, mas nao consegui. será que a minha ligaçao é muito lenta? mais ninguém se queixou? e já agora, correu bem?
o contador de visitantes parece uma boa ideia, mas é uma faca de dois gumes... se descubro que estou a falar para o boneco desisto! forte abraço
Importante: não rever o Scoop... pelo menos para já!!
Pois é, costuma-se dizer que bom, bom, é quando se começa a conduzir sem pensar nisso... em piloto automático... fortemente desaconselhável agora, certo? Há que pensar que não pode ser pior que a primeira vez num carrinho de choque, e sem o cheiro enjoativo a algodão doce...Pronto, já sei que gostas de algodão doce, mas assim não é fácil... de que é que tu não gostas, capacete??
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