O que mais me assustava era a estrada. Mas, antes de chegar à estrada, é preciso que se estabeleça entre nós e o carro uma razoável dose de entendimento. Já nao falo daquele estado de graça que faz com que «o nosso corpo e a máquina sejam um só» (nunca esquecerei estas palavras do meu pai), mas de um mínimo de sintonia entre os dois.
Confesso que ainda nao cheguei lá.
Quando acerto na porta por onde devo entrar, começo sempre por enfiar uma boa joelhada no eixo do volante. É espantoso, como a perna direita fazia perfeitamente este movimento, ao passo que a esquerda é tao... canhestra.
Uma vez sentado, verifico os espelhos retrovisores. Verifico é uma força de expressao, porque quando olho para eles sinto-me tao perdido como no labirinto da antiga Feira Popular, e é mais que certo que vou ignorá-los durante a conduçao. Os dear fellows que buzinem, se me quiserem ultrapassar!
Ainda antes de ligar o carro, faço sempre uma pequena homenagem a Marcel Marceau, a que dei o título (provisório) de “where the f*** is my seat-belt?”, e que as meninas lá atrás acham muito divertida. É inacreditável, como agora me parece completamente impossível por o cinto com o já carro em movimento.
Felizmente, a igniçao e os pedais estao no sítio certo. A primeira mudança é metida com todo o cuidado e o carro desliza, devagar. Logo a seguir, enfio a quarta e ele vem abaixo. A minha fiel companheira começa a sorrir, as pequenas queixam-se do solavanco. Recomeço.
A saída do parque de estacionamento, que terá uma abertura útil de cerca de 3 metros (10 pés) é sempre uma incógnita e uma emoçao. Garanto-vos que nao é fácil habituarmo-nos a esta ideia de que, embora o carro tenha a mesma largura, ela agora está toda do nosso lado esquerdo, e já nao do direito.
A estacionar é que estou mais ou menos à vontade. Em Lisboa ganha-se prática a manobrar para ambos os lados, e aqui ajuda-me o facto de torcer o pescoço e olhar para trás, em vez de usar os espelhos. É um alívio cada vez que paro o carro e estamos intactos: salto imediatamente cá para fora em busca do ar fresco. E também é bom isto ser tudo tao plano, porque nem sempre a Ana se lembra de me puxar o travao de mao.
Confesso que ainda nao cheguei lá.
Quando acerto na porta por onde devo entrar, começo sempre por enfiar uma boa joelhada no eixo do volante. É espantoso, como a perna direita fazia perfeitamente este movimento, ao passo que a esquerda é tao... canhestra.
Uma vez sentado, verifico os espelhos retrovisores. Verifico é uma força de expressao, porque quando olho para eles sinto-me tao perdido como no labirinto da antiga Feira Popular, e é mais que certo que vou ignorá-los durante a conduçao. Os dear fellows que buzinem, se me quiserem ultrapassar!
Ainda antes de ligar o carro, faço sempre uma pequena homenagem a Marcel Marceau, a que dei o título (provisório) de “where the f*** is my seat-belt?”, e que as meninas lá atrás acham muito divertida. É inacreditável, como agora me parece completamente impossível por o cinto com o já carro em movimento.
Felizmente, a igniçao e os pedais estao no sítio certo. A primeira mudança é metida com todo o cuidado e o carro desliza, devagar. Logo a seguir, enfio a quarta e ele vem abaixo. A minha fiel companheira começa a sorrir, as pequenas queixam-se do solavanco. Recomeço.
A saída do parque de estacionamento, que terá uma abertura útil de cerca de 3 metros (10 pés) é sempre uma incógnita e uma emoçao. Garanto-vos que nao é fácil habituarmo-nos a esta ideia de que, embora o carro tenha a mesma largura, ela agora está toda do nosso lado esquerdo, e já nao do direito.
A estacionar é que estou mais ou menos à vontade. Em Lisboa ganha-se prática a manobrar para ambos os lados, e aqui ajuda-me o facto de torcer o pescoço e olhar para trás, em vez de usar os espelhos. É um alívio cada vez que paro o carro e estamos intactos: salto imediatamente cá para fora em busca do ar fresco. E também é bom isto ser tudo tao plano, porque nem sempre a Ana se lembra de me puxar o travao de mao.
8 comentários:
olá, capitão......pelos vistos vejo que tem sido uma grande aventura pegar num carro por caminhos ingleses, mas tb acredito que depressa te vais habituar a essas coisas da mecânica. nem parece teu, pois por cá em terras de Portugal, lembro-me de subirmos a sol ao rato quase a 100 à hora com o joooooorge, (depois daqueles desafios à quarta na politécnica) e que chegavas a casa branco como a cal de uma parede, nada que se compare em subirmos os dois de keway.ahahahaha...........relatos de rir até chorar........enfim..coisas boas de ir no dia seguinte para o escritório....aqueles 30 minutos nas manhãs de quinta, em que se falava daquele golaço de cabeça que tu tinhas marcado, ou melhor, que tu tanto desejavas...........pois era mais recorrente ser com o pé direito.........belos jogos.
não tive oportunidade de ir ao teu jantar, com muita pena minha.........mas sei que correu bem e que por lá passou uma poeira que te afectou a vista.........enfim.......coisas de amigos.
p.s: continua a escrever....
um grande abraço e um beijo para as tuas 3 meninas
humbi
olá, amigo! essas férias, foram boas!? espero que sim. Também tive pena que nao estivesses no tal jantar, mas considerando a minha triste figura... talvez tenha sido melhor! grande abraço.
Para quando um pequeno video aqui postadinho, com "à procura do cinto perdido, raios que ele estava mesmo aqui, terei sentado o rabão em cima"??
olha quem voltou à blogoesfera! entao andaram na praia, foi? realmente hei-de experimentar isso do video, porque este blog tem muita letra e o número de visitantes teima em nao ultrapassar os cem!
Xiça esta cena dos carros.....
Nao estou minimamente preocupado!
Preocupo-me é QUANDO VOLTARES! Com o à vontadinha do tuga que sempre conheceu a sua cidade melhor que nínguem, mas que, com a euforia do regresso, nem reparou que a avenida da liberdade se desce do lado direito! Enquanto atropelares as velhinhas aí por cá tá-se bem! quando estiveres para voltar avisa é com a atecedência devida para eu arranjar emprego aí pois nao quero estar cá para ver!
Parece que a TSF ja ta a preparar um novo serviço que da pelo nome de "folow and avoid valentino" avisando-os nao das banalidades dos acidentes, dos acessos à ponte, do trânsito na VCI ( lol: bê cê i!) mas daquilo que realmente importa: a posiçao exacta do retornado e se este se movimenta fazendo uso de viatura conduzida pelo próprio!
tenta bater devagarinho que faz mossinha mais pequenina.... lol lol lol lol lol. E claro, nao devias ter comprado carro que nao deitasse o fuminho porque num instante o teu está a deitar e sempre tinhas poupado uns cobres! lol! abraço grande
Cento e seis! Cento e seis desocupados, em vez de contribuir para o PIB, é isso que estes olhinhos vêem. Nada de praia de jeito, só um cheirinho (snif)... devias ver era el grego (aqui, bu!, parece que puto não podia ser e não sei quê) e su muchacha, com um bronze que tinha que pagar imposto ou ser confinado a peniche, para não fazer inveja...
Beijinhos, agora acho que se seguem quinze dias sem net...
rantanplan
este grego bú está é muito saído da casca. quando for um Onassis talvez lhe preste mais atençao, por agora prego-lhe a receita do costume: um calduço no cachaço! ou melhor, dois calduços: um com a direita e outro com a esquerda, para ele ver como me habituei.
mas que carro é este? tem muita pinta! trocaram o jap? ;)
juro que quando vos for visitar (e irei) faço questão que me leves a passear... adoro experiências radicais he! he!
olha lá, aqui vejo 119 visitantes... nada mau, em pleno mês de agosto com meio mundo de férias, a ver os jogos, as loiras e as pernas de 2m do resto do mundo não china ou tuga. não sei como são as loiras por aí, mas posso dizer que as "bifas" que povoam o nosso algarve são de bradar aos céus... que falta de jeito!
e os brits, têm medalhas para festejar ou quê? não vi muito... a miuda da natação e pouco mais, mas não vi os cavalos com os atletas encartolados! e olha que também vi muito :) esta semana de algarve com os miudos até para isso deu.
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