terça-feira, 26 de agosto de 2008

Gulliver’s World



Nao só o fim-de-semana foi grande, como esteve bom tempo. A sincronia entre os dois fenómenos foi tao perfeita (hoje já está novamente a ameaçar chuva), que nao pode ter sido mera coincidencia: estes ingleses sao, de facto, muito mais organizados e eficientes do que nós, sobretudo assim ao nível dos serviços do Estado!
Aqui à volta, do nosso bairro, desapareceu toda a gente. Uns amigos foram a Londres. Já nós, que ainda mal chegámos, precisamos é de sossego e de criar rotinas. Aproveitámos bem os quatro dias, mas um de cada vez, misturando convenientemente as obrigaçoes com as distracçoes e vindo sempre dormir a casa.
Só que, há pouco tempo, as meninas descobriram que aqui nao há praia! A Ana e eu começámos a achar que precisávamos de argumentos de peso, para o dia – inevitável – em que elas farao o seu balanço das vantagens e desvantagens da mudança... E decidimos levá-las a passar um dia inteiro no Gulliver’s World.
É um parque temático perto daqui, a meio caminho entre Manchester e Liverpool. O recinto é bastante grande e cheio de diversoes, mas apesar de tudo suportável, graças à generosa quota de espaços verdes que por cá é habitual. Como já tem perto de vinte anos, nao há hologramas de princesas nem muitos efeitos especiais; é a montanha russa, a roda gigante, o twister, os carroseis... tudo aquilo de que nos lembramos, excepto os póneis e o café dos pretos.
Uma coisa boa é nao haver limites de altura nem de peso para nenhuma das diversoes. Nao só porque estes tipos sao de facto enormes e bastante gordos, mas sobretudo porque assim os pais podem acompanhar os filhos para todo o lado! Isso foi bastante importante para a Matilde, que se divertiu imenso. Ela e a Sara andaram em tudo o que quiseram (paga-se um valor fixo à entrada, e depois as voltas sao livres), passaram um dia absolutamente memorável e saíram de lá perfeitamente radiantes!
Nao notaram o alastrar da ferrugem nas estruturas nem a tinta dos bonecos a descascar. Nao se importaram que os empregados fossem sexagenários corcundas e desdentados, enfiados em uniformes tristíssimos (estarao lá todos desde 1989?). E nao viram - como eu vi – um desses velhotes, que limpava as mesas do food court, baixar-se para apanhar duas batatas fritas do chao e lançar um olhar envergonhado à sua volta, antes de as meter na boca.
PS: Espero que perdoem esta última nota um bocadinho sórdida! Eu sei que o blog é mais para notas engraçadas, mas às vezes elas chegam assim aos pares, e nao consigo separá-las.

2 comentários:

Anónimo disse...

realmente era desnecessário... se bem que pintas isso tão cor de rosa que este roxo desmaiado já fazia falta ou no natal estávamos todos aí convosco. e não era de visita...

as miúdas estão o máximo! olha o sorriso desbragado da super matilde!

capacete disse...

eheh. uns quantos seriam bem-vindos! mas nao todos, se nao quem é que ficava desse lado a ver o blog?

estao fixes, estao! tenho resistido a por fotos delas aqui por causa de nao sei que da protecçao de dados ou de menores ou que é que a minha irma me explicou, mas como esta está meio desfocada, pode ser que nao haja problema